“O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres”, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro - MHC RIO
Olá pessoal! Participo de mais uma coletiva nesse mês de outubro!
Chega mais que vai ser bem legal! A abertura vai ser no sábado de 11 às 16;00 no Museu Histórico da cidade do Rio de Janeiro. Mais informações abaixo
Detalhe de Autorretrato, acrílica sobre tela, 190 x 200 cm, 2024
O Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro tem o prazer de anunciar a abertura da
exposição coletiva “O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres”, no dia 19
de outubro de 2024 (sábado), das 11h às 16h, com curadoria de Fabricio Faccio,
montada no 3º andar do pavilhão de exposições do MHC RIO.
A mostra terá a participação de 36 artistas, desde nomes consolidados na cena artística
até novos talentos que vêm se destacando no cenário da arte contemporânea que
exploram, através de suas obras, o diálogo entre Arte e Natureza. São eles, Aiyon Chung,
Alexandre Pinheiro, Aline Mac Cord, Ana Holck, Ana Miguel, Athos Bulcão, Bernardo
Liu, Carlos Zilio, Carolina Kasting, Cela Luz, Diogo Santos, Duda Moraes, FOGO, Galvão,
Jade Marra, Jeane Terra, Jorge Cupim, Lourdes Barreto, Luis Moquenco, Luiz Eduardo
Rayol, Luiza Donner, Marcelo Jou, Maria Gabriela Rodrigues, Matheus Mestiço,
Matheus Ribs, Mirela Cabral, Nuno Ramos, Paulo Agi, Pedro Varela, Rena Machado,
Ruan D’Ornellas, Thales Pomb, Vera Schueler, Vinícius Carvas, Willy Chung e Zilah
Garcia. Durante o evento de abertura, a artista Carolina Casting fará, às 14h, a
performance “Amar-u: corpo-expandido ciborgue”, que parte do Manifesto Ciborgue,
de Donna Haraway, escrito em 1985, que explora a ideia do ciborgue como uma figura
híbrida que desafia as fronteiras tradicionais entre natureza e cultura, humano e
máquina, orgânico e artificial.
A exposição "O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres", tem o seu título
extraído do poema "Tabacaria" de Fernando Pessoa, e mergulha na interconexão entre
arte e vida, desafiando as barreiras que separam o humano do não-humano. Com um
convite à reflexão, a mostra propõe que o público explore a interdependência entre o
ser humano e a Natureza, revelando como as práticas artísticas contemporâneas podem
servir como catalisadoras de um novo olhar sobre o futuro do nosso planeta, oferece
uma abordagem que se alinha à urgência da crise climática, propondo alternativas para
a nossa maneira de ser e de habitar o mundo.
“O desafio diante da crise climática emerge de uma chave ambígua, onde aquilo que
buscamos controlar e subjugar, no cerne da epistemologia moderna, carrega consigo não
apenas a promessa de engenho e poder, mas também a semente de nossa própria
destruição”, afirma Fabricio Faccio, que completa: “A separação entre humano e
Natureza se mostra impossível; repensar essa relação é uma necessidade imperativa”.
Através de uma seleção cuidadosa de obras entre desenhos, esculturas, pinturas,
instalação, performance e objetos, a exposição instiga o público a repensar suas relações
com o ambiente, ressaltando a arte como uma ferramenta poderosa para imaginar novas
possibilidades e caminhos para um futuro mais sustentável e harmonioso.
A ARTE COMO VEÍCULO DE URGÊNCIAS
Ao investigar a conexão entre arte e natureza na prática artística contemporânea, a
exposição visa estimular diálogos e reflexões sobre questões que se tornaram
prementes.
Trabalhos como da artista Jeane Terra, que tem como ponto de investigação as
sucessivas transformações que a atividade humana provoca na natureza e afeta
diretamente as populações dos lugares pesquisados, faz uma conexão direta com a
prática de Zilah Garcia, que através do uso de sacolas de supermercado com suporte, faz
um alerta sobre o impacto ambiental e as maneiras de transformar o lixo material.
ARTE E O ELEMENTO DO FANTÁSTICO
Bernardo Liu, Thales Pomb e Paulo Agi trazem o elemento do fantástico para a
representação da natureza, visitando o espaço do onírico, em relação direta à mitologia
do tamanduá de Carlos Zilio.
PAISAGEM NO CAMPO EXPANDIDO
A paisagem sempre foi um tema de destaque dentro da História da arte, ao se aproximar
das pesquisas de artistas que a exploram dentro do campo expandido a exposição
apresenta obras de Athos Bulcão, Aiyon Chung, Mirela Cabral e Willy Chung.
MATERIALIDADE E PROCESSOS ARTÍSTICOS
Na diversidade dos processos artísticos e no confronto do artista com a materialidade da
obra de arte, a natureza ocupa um papel proeminente nesse embate. Destacam-se,
nesse contexto, as obras de Ana Holck, Galvão, Luiz Eduardo Rayol, Vinícius Carvas e
Jorge Cupim.
“A arte contemporânea e as práticas artísticas que dela surgem, emergem como uma
vanguarda do pensamento crítico, oferecendo um espaço de resistência e esperança,
onde novas possibilidades de coexistência e compreensão entre todos os seres podem
ser forjadas. A arte torna-se, assim, uma plataforma vital para imaginar e construir
futuros que rejeitem a destruição e celebrem a vida”, defende o curador.
Sobre o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro
O Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, situado no Parque da Cidade, na Gávea,
é um espaço dedicado à preservação da memória e da história da cidade. Inaugurado
em 1934, o museu abriga um vasto acervo que inclui objetos, documentos, mobiliário e
obras de arte que retratam o desenvolvimento urbano, social e cultural do Rio de
Janeiro. Além de suas exposições permanentes e temporárias, o museu ocupa o antigo
Solar da Imperatriz, uma construção do século XIX, oferecendo uma imersão na história
carioca em meio a belos jardins e paisagens.
Serviço:
Exposição coletiva “O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres”
Curadoria: Fabricio Faccio
Abertura: 19 de outubro de 2024, das 11h às 16h (sábado)
A partir das 14h, performance de Carolina Kasting
Visitação até 05 de janeiro de 2025
Visitação: Terça-feira a domingo | 09h às 16h
Local: Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro – MHC RIO
End.: Estrada Santa Marinha, s/nº, Gávea. Rio de Janeiro - RJ
Entrada gratuita
Classificação Livre
O local possui acessibilidade
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